quinta-feira, 19 de julho de 2012

WORKSHOP

NOVO CURSO

ATENÇÃO PESSOAL: INSCRIÇÕES ABERTAS! ACESSEM O PORTAL E INSCREVAM-SE.


ARTE E CIDADE - PERCURSOS, TERRITÓRIOS, INTERAÇÕES E ABSTRAÇÕES - 2012
Conteúdo:
- PARALELO ENTRE A ARTE MODERNA E
CONTEMPORÂNEA;
- INTERAÇÃO NA ARTE;
- ABSTRAÇÃO NA ARTE;
- DESTERRITORIALIZAÇÃO NA ARTE;
- PROPOSTAS ARTÍSTICAS CONTEMPORÂNEAS NA
INTERAÇÃO COM A CIDADE.

LOCAL DO EVENTO: -CENTRO DE CAPACITAÇÃO 

Turma: 1
Docente: TOM LISBOA

Período de realização: 01/08/2012 a 31/10/2012

Período de inscrição: 16/07/2012 a 30/07/2012

Horário:08:00 às 12:00

Carga horária: 40:00 horas

Turno:Manhã

Dia(s) letivo(s): 01/08/2012 - 15/08/2012 - 29/08/2012 - 05/09/2012 - 03/10/2012 - 17/10/2012 - 31/10/2012



LOCAL DO EVENTO: -CENTRO DE CAPACITAÇÃO 

Turma: 2
Docente: TOM LISBOA

Período de realização: 01/08/2012 a 31/10/2012

Período de inscrição: 16/07/2012 a 30/07/2012

Horário:13:30 às 17:30

Carga horária: 40:00 horas

Turno:Tarde

Dia(s) letivo(s): 01/08/2012 - 15/08/2012 - 29/08/2012 - 05/09/2012 - 03/10/2012 - 17/10/2012 - 31/10/2012




terça-feira, 3 de julho de 2012

Arte Digital - A História da imagem na História da Arte


Arte Digital
A História da imagem na História da Arte



Pré- História – +ou-30.000 a.C.

 
                                Pintura rupestre - Altamira, Espanha
                     Pintura rupestre - Altamira, Espanha



A relação existente entre o homem, a “imagem” e a sua utilização não é recente, tendo esta surgido ao mesmo tempo que o homem consciente, ou seja, com a própria humanidade. É principalmente o sentido da visão em conjunto com os outros sentidos e a formação das imagens mentais que fornecem ao homem primitivo os principais meios de percepção do mundo, tanto a nível individual como coletivo. Não é por acaso que os primeiros registos imagéticos são constituídos por desenhos gravados nas paredes de cavernas (grutas de Lascaux e Altamira). Embora tenham surgido mais tarde novas formas de expressão como a escrita, esta não diminuiu a importância e o papel desempenhado pela “imagem” na formação das ideias. O próprio ato de recordar algum acontecimento leva-nos a pensar em imagens representativas desses acontecimentos, mesmo que estas não sejam totalmente fiéis aos factos em que pensamos.

Estas ideias ou “imagens mentais” são por vezes reproduzidas em imagens ou representações concretas, através de desenhos, pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, filmes, etc. que são o resultado de uma síntese, por vezes complexa da cultura adquirida e de elementos de ordem subjetiva mais profunda como sensações ou sentimentos de quem produz as imagens.

Durante algum tempo a cultura do ser humano era formada principalmente pelas “imagens” daquilo que observava no seu dia a dia e que era armazenado pela sua memória visual. Com o aparecimento das culturas orais, a linguagem e a música tiveram também a função de perpetuar o passado e a identidade dos povos.

Pintura rupestre - Lascaux, França

Pintura rupestre - Lascaux, França


Egito –   +ou- 3.300 a.C.


É talvez a mais antiga e sem dúvida a mais monumental civilização humana que surgiu às margens do Nilo, em solo Africano. Realizaram ali obras que impressionam e desafiam o mundo de hoje, e embora agrupados em regiões distintas; etnias diversas e grandes diferenças sociais, construiu e manteve características marcantes num percurso de mais de 5.000 anos.

Foi por volta de 3.600a.C. que houve o “nascimento” da escrita a escrita cuneiforme (representação de desenhos pictográficos, evoluíram para sinais abstratos, formando a escrita cuneiforme, usada por séculos, mesmo após o desaparecimento dos sumérios.), que eram gravadas em plaquetas de barros. Na mesma época surgem os hieróglifos egípcios.

Os artistas que faziam afrescos, ou esculturas deveriam obedecer alguns cânones.

1) Lei da Frontalidade para as esculturas e pinturas

2) Cor escura para homens e clara para mulheres

3) Personagem mais importante maior

4) Água representada por linhas irregulares

5) Artistas eram presos a estas convenções, mas tinham liberdade na composição.

Procurou nas artes o domínio da técnica.

A estatuária sempre rígida por causa das leis.

Pinturas lidas sempre de baixo para cima.

Usavam tanto a pintura como alto e baixo relevo.

Para os animais não havia leis.

Pintura
Traço para formar silhuetas, pode-se dizer que assim nasceu o desenho. São bidimensionais, não tem perspectiva; nem claro e escuro, as cores são chapadas, sendo as mais comuns, ocre, negro, vermelho, verdes e azuis.
As composições são bem equilibradas; com linhas puras, harmonia na forma e incomparável encanto nas cores.
Escriba: pessoa importantíssima no Egito, quase do mesmo nível do Faraó, tamanha sua importância por ser a pessoa letrada do reino.
Os que sabiam ler, que eram poucos, podiam ler os hieróglifos e os outros que não podiam, o faziam através das pinturas nas paredes.


Grécia e Roma -  +ou-750 a.C. a 300 a.C.


Arte arcaica kouros em pedra e pintura de vasos. Kouros – estátuas em posição frontal, pé esquerdo avançando, punhos fechados e “sorriso arcaico”.

Arte clássica – auge da arte e arquitetura. Figuras idealizadas com harmonia.

Helênica/Helenística – derivado do grego, difundiu-se em outras regiões, como a Ásia Menor. Um estilo mais melodramático.




Pinturas

Os romanos tinham o hábito de pintar nas paredes, imitando janelas e varandas que reproduziam cenas externas com paisagens e animais, dando uma idéia de maior tamanho ao ambiente. Reproduziam também cenas de teatro ou cópias de trabalhos gregos, declarando uma influência que nunca foi negada ou disfarçada. Entretanto, os romanos diferiam dos gregos no temperamento básico, muito mais realista. Isso se reflete de forma nítida na escultura.

Os temas das pinturas se incluem acontecimentos históricos, mitos, cenas da vida cotidiana, retratos e natureza-morta, dividido em quatro estilos:
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral, às vezes até fantástico.



Renascimento

Dividido em 3 períodos: Treccento, Quatroccento, Cinqueccento.

Treccento: século XIV – Florença e Siena. Período de transição da Idade Média para o Renascimento. Aqui também chamamos de Pré-Renascimento.

Quatroccento: século XV – Florença. Período de pesquisas, os artistas procuravam aprimorar a técnica aproximando-se das ciências.

Cinqueccento: século XVI – Roma. Somente nesse período ocorre o renascimento nos outros países.

O Renascimento começa na Itália, porque eles não haviam se adaptado ao gótico, e foi o mais forte de toda a Europa Ocidental.

No início do século XV, migraram vários eruditos bizantinos para difundir as obras dos antigos gregos. O que mais se sobressaiu foi a pintura.

Como o dinheiro começa a circular, por causa do aumento do comércio, a arte renascentista é sustentada por esses aristocratas, mecenas e intelectuais, pois como estão com mais dinheiro, eles começam a encomendar obras de arte para seus palácios e não mais para a igreja. Começam a ser colecionadas como tesouro (Quatroccento).

A Arte passara 14 séculos sob julgo de Deus.

A Europa ainda estava pobre, porém imensamente mais rica do que cinco séculos antes, com cidades maiores e mais prósperas, mais intercâmbio e comércio, mais trabalho artístico erudito, governos novos e mais eficientes e uma nova visão do mundo exterior.

A Itália foi o seu verdadeiro centro e coração. Entre 1350 e 1450, muito mais sábios, artistas, cientistas e poetas viveram nas cidades da Itália do que qualquer outro país. A Europa inteira ia estudar na Itália, ou seja, aprender a imitar as coisas belas e inteligentes que podiam ser encontradas ali, os italianos se reportavam ao passado clássico da Grécia e de Roma.

Renascença tem suas raízes na redescoberta do passado da Europa que fora obscurecido pela civilização crista durante a Idade Média. Rafael glorificou os grandes filósofos em sua pintura “Escola de Atenas”; escritores humanistas imitaram o estilo do Romano Cícero para escrever em latim elegante.

O nome veio porque era o “renascimento” da sabedoria clássica.

O que mais se destacou foi à arte, belas criações que durante séculos moldaram conceitos de beleza.

Os homens da renascença admiravam artistas de múltiplos talentos como Michelangelo, Leonardo d’Vinci.

O fato mais importante a respeito dos europeus não mudara muito. Em 1500, a civilização européia ainda possuía um coração religioso, era incrivelmente revestida de forma religiosa e assim se apresentava ao mundo. Tanto que o primeiro livro impresso foi a Bíblia em alemão, italiano e francês por volta de 1500 e só em 1526 é que foi impresso em inglês.


Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Impressionismo

Esse movimento que ficou conhecido com o nome de Impressionismo devido à tela Impression, ”Soleil levant” (Impressão do Sol Nascente), de Claude Monet, marcou a primeira revolução artística depois do renascimento. Nascido na França por volta de 1860, na sua forma mais pura só durou até 1886; apesar disso determinou o curso da arte que se seguiu. Foi o primeiro movimento original da pintura.

O Impressionismo se separou radicalmente da tradição, rejeitando a perspectiva, a composição equilibrada, as figuras idealizadas e o chiaroscuro da Renascença.

Procuravam transmitir as IMPRESSÕES imediatas de seus sentidos. Representavam sensações visuais imediatas através da cor e da luz.

A cor não é uma característica intrínseca, permanente de um objeto; mas muda constantemente de acordo com os efeitos da luz, reflexo, clima sobre a superfície do objeto.

Para retratar essas qualidades voláteis da luz, eles criaram uma pincelada distinta, curta, cortada. De perto pareciam borrões, as pinceladas de cores lado a lado, que alguns críticos chegaram a dizer que eles “disparavam tinta na tela com uma pistola”. A uma distância era possível compreender o que estava pintado na tela.

Os principais artistas deste movimento forma: Claude Monet (1840-1926), Edouard Manet (1832-1883), Eugène Boudin (1824-1898), Mary Cassatt (1844-1926), Edgar Degas (1834-1917), Berthe Morisot (1841-1895), Camile Pissarro (1830-1903), Pierre-August Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-1899).

Edouard Manet atualizou os temas antigos dos grandes mestres, pintando cenas contemporâneas com uma visão crítica. Seu quadro “Lê Déjeuner sur l’herbe”, 1826, foi o quadro que deu origem ao movimento Impressionista, ele não foi aceito no Salão naquele ano, então ele, em conjunto com outros artistas, decidiu criar o “Salão dos Independentes”, aonde seus quadros foram expostos. Seus quadros geralmente eram escuros, ele usava o preto como fundo, para depois usar a cor. Suas formas simplificadas, manchas de cor chapada com contorno em preto. Não era um grande teórico, mas disse: “o artista procura simplesmente ser ele mesmo e mais ninguém”.



Edouard Manet -“Lê Déjeuner sur l’herbe”

Claude Monet – “Impressão Nascer do Sol”



Edweard Muybridge (1830-1904), Animal locomotion: An electro-photographic investigation of consecutive phases of animal movements, 1872-1885, Philadelphia: University of Pennsylvania


Fauvismo

Explosão de cor.

Segundo Matisse o fauvismo não era tudo, mas sim o começo de tudo. Foi um movimento que durou mais ou menos 4 anos de 1904 a 1908. Contudo, foi o primeiro movimento importante da vanguarda no século XX.

Em 1905, uma exposição inaugura o Fauvismo, que mudou para sempre a maneira de ver a arte, antes dele o céu era azul e a grama era verde, mas nas telas dos fauvistas o céu era amarelo mostarda, a grama vermelho-tomate e assim por diante. Os artistas utilizaram as cores com extraordinária liberdade, aplicando tanto nas figuras como nas paisagens, sem ter em conta as referências reais. A reação do público foi hostil. O grupo ganhou o nome de um crítico que o chamou de “feras” (fauve), e outros qualificaram o estilo de “loucura rematada”, “universo de feiúra”, “tentativas brutas e primitivas de crianças brincando com tintas”. Visitantes tiveram acessos de risos.

Os principais artistas desse movimento formam: Henri Matisse (1869-1954), Vlaminck (1876-1958), André Derain (1880-1954), Raoul Dufy (1877-1953) e Georges Rouault (1871-1958).

“Dança” – Henri Matisse


Cubismo

O Cubismo foi um dos principais pontos de mutação da arte do século XX, durou como forma pura de 1908 a 1914. O estilo recebeu este nome devido ao desdém de Matisse sobre um trabalho de Braque como nada além de “cubinhos”. Os quatros verdadeiros cubistas foram: Pablo Picasso (1881-1973), George Braque, Juan Gris (1887-1927) e Fernand Léger (1881-1955). Eles quebravam os objetos em pedaços, que não eram propriamente cubos, mas o nome pegou.

Léger disse “a arte consiste em inventar, e não em copiar”. Ele, a partir de 1909, adiciona formas curvas ao vocabulário angular cubista. Como suas formas tendiam a ser tubulares ele ganhou o apelido de “tubista”. Ele é mais conhecido por suas paisagens urbanas; industriais, cheias de formas metálicas polidas, robóticas, humanóides, e bem definidas engrenagens mecânicas. Tarsila do Amaral vai sofrer influência desse artista.
                                                        “Guernica” – Pablo Picasso
 

Expressionismo

Estilo que retrata as emoções por meio de distorção de forma e de cor. O uso violento da cor, a distorção emotiva da forma, a redução da realidade ao mínimo, ressaltava a validade da expressão pessoal do artista: agressiva, mística, angustiada ou lírica.

Os temas principais eram os que evocavam fortes emoções como a morte, angústia, tortura, sofrimento, sátira, crítica social e política. O artista descreve situações e expressa emoções. Se da mais valor ao sentimento que a razão.

Edward Munch (1863-1944) foi o maior pintor norueguês e mais importante do movimento expressionista alemão.

Munch foi sempre um marginal, pensativo e melancólico; que chamava seus quadros de “filhos” (“Não tenho mais ninguém”, ele dizia). Sua neurose tem origem numa infância traumática: a mãe e a irmã mais velha morreram de tuberculose quando era pequeno e ele foi criado pelo pai, que era um fanático religioso. Mesmo adulto, tinha tanto medo do pai que exigiu que “Puberdade”, seu primeiro nu, permanecesse coberto numa exposição em Oslo, a que seu pai compareceu.

Foi internado por depressão num sanatório, descobriu que seus problemas psicológicos eram catalisadores de sua arte. Disse: “Eu não dispensaria minha doença, pois a muito em minha arte que devo a isso”.

Especializou-se em pintar emoções extremas como ciúmes, desejo sexual e solidão. Seu objetivo era induzir uma forte reação no espectador.

Sua obra mais famosa “O Grito”, representa o medo intolerável de perder a razão. Nesse quadro cada linha oscila, se agita, trazendo ritmos turbulentos, sem sossego para o olho. Ele escreveu sobre seu quadro: “pairam nuvens vermelhas como sangue, vermelhas como línguas de fogo”.

Ele ficava meses sem pintar, mas quando começava, pintava freneticamente. O cavalete balançava enquanto ele atacava a tela com violentas pinceladas. Depois de um acesso de pintura, muita bebida e um amor catastrófico. Sofreu então um colapso nervoso. Mais tarde deixa de lado esses temas atormentados, então sua obra se torna mais otimista, mas menos emocionante.

"Dispair" — Edvard Munch

Dadaísmo

Foi fundado em Zurique, em 1916, por um grupo de refugiados da Primeira Guerra Mundial. O nome surgiu por acaso, não tinha um significado compatível com a arte. Ela foi tirada de um dicionário por Tristan Tzara, um dos fundadores. Dada significa cavalo de madeira para criança, um movimento “anti-arte” que se desenvolveu entre 1915-1922. Principal centro de atividade foi o Cabaré Voltaire em Zurique, onde se reuniam poetas, artistas, escritores, músicos que partilhavam das mesmas idéias (poesia absurda, musica barulhenta e o desenho automático) foi uma reação ao esnobismo e ao tradicionalismo da arte estabelecida, sua arte mais conhecida foi o ready-made, um objeto retirado do seu contexto original e exposto como obra de arte, não foi bem aceito, mas prepara o terreno para o Surrealismo que foi melhor aceito pelos espectadores. Em seus sete anos de vida, muitas vezes parecia mesmo sem sentido, mas o objetivo era o oposto, ela tinha um sentido: protestar contra a loucura da guerra.

Foi uma atitude internacional que se expandiu de Zurique para França, Alemanha e estados Unidos. Sua principal estratégia era denunciar e escandalizar. Uma noite dadaísta contava com diversos poetas declamando versos nonsense simultaneamente em línguas diferentes e outros latindo como cães, fazendo performances, instalações, desenhando, criando seus trabalhos. Oradores lançavam insultos a platéia, dançarinos com trajes absurdos dançavam pelo palco enquanto uma menina de vestido de primeira comunhão recitava poemas obscenos.

“ A Fonte” – Marcel Duchamp

Pop Art

Foi um movimento que se baseou na necessidade da ruptura em busca de novas formas de expressão; foi ao mesmo tempo original e critica. Utilizou-se de ícones produzidos pelos meios de comunicação em massa.

É um nome que se deu a tendência e as obras de arte em que o objetos de uso comum eram usados para fazer arte como: latas de refrigerante, cerveja, caixa de sabão em pó, latas de sopa, sinais de trânsito e tiras de quadrinho; motivos usados com freqüências.

Movimento principalmente americano e britânico, seu nome foi usado pela primeira vez em 1954, pelo critico inglês Lawrence Alloway para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos EUA.

Sua raiz, no Dadaísmo de Marcel Duchamp, começou a tomar forma na década de 50, quando alguns artistas após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos EUA e passaram a transformar em temas da sua obra.

Representavam esses componentes mais ostensivos da cultura popular de forte influencia na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa em oposição ao expressionismo abstrato que estava presente desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Seus ícones eram tirados da TV, fotografias, HQ, cinema e publicidade. Foi tachada muitas vezes de VULGAR, ANTIESTÉTICA e IRREVERENTE. Seu forte impacto visual, aliados ao conteúdo crítico; juntaram, arrecadaram muitos admiradores.

Em 1956, o artista inglês Richard Hamilton, expôs suas “Composições”, caprichosas coleções de objetos de uso na sociedade de consumo. Mas foi nos EUA que ela teve forca total, principalmente com Robert Rauschemberg, Roy Lichtenstein e Andy Warhol. Em seus “combine-paintings” (pinturas combinadas), R. Rauschemberg utilizou a pintura para ressaltar figuras, ícones, fotos jornalísticas, recortes de jornais, etc; reproduzida na tela por um processo mecânico, como a serigrafia.

Andy Warhol - Marilyn

Andy Warhol - Marilyn

Op Art

Movimento da arte abstrata desenvolvida nos anos 60. A Op Art (Optical Art) explora a falibilidade da visão humana. O artista joga com o espectador, através da criação de imagens que apresentam brilhar e pulsar. Apesar da arte em si ser estática, as formas e cores utilizadas causam a ilusão de óptica de movimento.

Bridget Riley, curvas em vermelho, azul-turquesa e cinzento fazem ondas pela tela, numa seqüência uniforme, dando a ilusão de movimento. A tela parece distorcida pela imagem quase alucinatória que as suas cores parecem fazer vibrar, com uma intensidade deslumbrante. Esta técnica de analisar e explorar a falibilidade da visão, provoca uma poderosa sensação no olhar do espectador. É notória a ligação do quadro com o movimento. Op Art, pela interação de cores e de linhas que produzem uma ilusão óptica atordoante e tremeluzente. No entanto, os objetivos de Riley vão alem dos meramente científicos. Ela vê os elementos que usa como sendo muito mais uma parte da natureza, sejam arvore, nuvens ou colinas. Seus quadros vibram com um lirismo mágico. Seus primeiros quadros, no início dos anos 60, eram quase exclusivamente em preto e branco. No decorrer dos anos, a sua obra foi se desenvolvendo com mais dramatismo e, acaba inclinando-se para a pintura de linhas retas paralelas com cores vibrantes.
Victor Vassarely, formas geométricas lilases, azuis e verdes, arranjadas num padrão semelhante a uma tabua de xadrez, aparentam flutuar e desfigurar a tela. Através da utilização de sistemas opostos de perspectiva e de cores violentamente contrastantes, Vassarely criou, e forma deliberada, uma ilusão óptica, dando ao quadro a idéia de movimento. As formas parecem deslocar-se perante os olhos.
Foi um dos pioneiros da arte óptica, conhecida pela alcunha de Op Art, desenvolvida nos anos 60, juntamente com a Pop. Ela baseia-se na idéia de que o artista, pintor ou escultor, podem persuadir o espectador a ver ilusões visuais através da criação de efeitos ópticos. Vassarely ficou fascinado pelo conceito da percepção e como as imagens reais e ambíguas podem ser criadas utilizando princípios geométricos exatos. De origem húngara, foi para paris em 1930. A sua obra constituída por pintura, escultura, gravura e desenho, é sempre de natureza abstrata e conta com a manipulação de sensações visuais para produzir o efeito desejado


Bridget Rilley

                                                                           Victor Vassarely

Arte Digital

               Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.

       Fotografia como arte

          O homem sempre tentou reter e fixar movimentos do mundo, começando com desenhos na caverna, passando pela pintura em tela e escultura, e, por fim, chegando a fotografia. Esse é um meio de comunicação de massa, sendo muito popular em nossos dias e nascido na Revolução Industrial.
          De acordo com Barthes (1984, p. 21), muitos não a consideram arte, por ser facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais símbolos de seu repertório.
           Fazer fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade, registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo através da realidade estética.
         Em um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem, acrescentar a ela seu repertório e sentimento.

            «Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.»

                                                                       (Henri Cartier-Bresson)

 Fotografia de Edgar Degas


 Man Ray

            Man Ray, pseudónimo de Emmanuel Rudnitzky, surge da adopção das palavras homem (man) e raio (ray).
Foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, com profundas ligações aos movimentos dada e surrealista. Conjuga uma grande capacidade plástica aliada a um enorme rigor técnico. Entre outras temáticas, fotografou com especial interesse a natureza e o meio urbano, com destaque para a sua cidade de eleição, Paris.
Com uma notável capacidade de observação e composição, desenvolveu um grande trabalho de laboratório, aprofundando e desenvolvendo técnicas fotográficas como a solarização/efeito Sabatier, os fotogramas, a exposição múltipla e diversas técnicas originais de sensibilização e impressão fotográficas. Man Ray representou a figura do artista multifacetado e vanguardista contrariando as tendências puristas da época.


Marc Ferrez

Vendedor Ambulante, c.1895.

 Pierre Verger

Iemanjá na Bahia

Alfred Stieglitz

Auto retrato,  1907

 

 Alexander Rodchenko

Moça com Leica, 1934. Fotografia

Robert Mapplethorpe




Arte Digital

A primeira imagem digital (1957), que abriu caminho para as imagens de satélites, scanner e código de barras.
A imagem granulada de um bebê, de apenas 5 centímetros por 5 centímetros, foi feita por Russell Kirsch, no National Bureau of Standards (NBS, agora conhecido por National Institute of Standards and Technology, ou NIST).

Em 2003, a revista Life classificou esta imagem como uma das “100 fotografias que mudaram o mundo.”
 

A primeira imagem digital, que abriu caminho para as imagens de satélites, scanners, código de barras. A imagem granulada de um bebê, de apenas 5 centímetros por 5 centímetros, foi feita por Russell Kirsch, no National Bureau of Standards (NBS, agora conhecido por National Institute of Standards and Technology, ou NIST). Em 2003, a revista Life classificou esta imagem como uma das “100 fotografias que mudaram o mundo.”



Nam June Paik (1932-2006)


Regina Silveira

                           Super Herói Night and Day, 1997, projeção a laser, Av.Paulista, São Paulo, Brasil.

 Bill Viola

         Bill Viola, a primeira individual do artista na Polonia! "The Raft”mostra a força catastrófica da água em uma inundação.

Catherine`s room é um trabalho de Bill Viola, em video, em cinco partes representando um dia, um ano e toda a vida de uma mulher chamada Catarina. Inspira-se num retábulo, em cinco partes, com as cenas da vida de Santa Catarina de Siena.



Vik Muniz

Vik Muniz, Saturn devouring one of his Sons, after Francisco de Goya & Lucientes, from Pictures of Junk Series.

Ana Maria Maiolino

Série Fotopoemação, 1974
fotografia,
45 x 50 cm

 Ligia Pape



Cindy Sherman


Gary Hill





Leticia Parente


Vídeo Arte

            Produção artística que utiliza monitores de vídeo para exibir imagens, às vezes associadas a textos. Surge nos anos 50 na Alemanha e ganha força internacionalmente nos anos 90, com a aproximação da arte à tecnologia e aos meios de comunicação de massa. 

Existem dois tipos de videoarte. No primeiro, as imagens são assistidas em vídeo pelos espectadores. Podem ter caráter abstrato, como resultado da distorção de imagens eletrônicas ou mostrar seqüências que visam expor idéias e percepções da realidade. O segundo, hoje mais freqüente, utiliza monitores de vídeo como elementos de instalações (tipo de obra que constitui um ambiente artístico onde se misturam vários objetos). Nos monitores vêem-se imagens criadas pelos artistas ou extraídas de outros veículos. Em geral, o espectador pode interagir com a obra, aumentando o som, acelerando ou retrocedendo imagens. Se o monitor é de computador pode -se escolher o que ver acionando o teclado.
            Os pioneiros da videoarte são o coreano Nam June Paik e o alemão Wolf Vostell, ligados ao grupo internacional Flexus. Na Alemanha, nos anos 60, realizam instalações, performances e happenings a partir da manipulação de imagens da televisão.
Em 1975, na 13ª Bienal Internacional de São Paulo, Paik apresenta a instalação TV Garden, composta por aparelhos de TV transmitindo imagens variadas, colocados no chão junto com flores. Destacam-se como videoartistas os norte-americanos Bill Viola (1951-), Bruce Nauman e Fred Forrest e o italiano Fabrizio Plessi. Na Bienal de 1994, em São Paulo, Plessi apresenta uma videoinstalação com monitores dispostos em círculo, exibindo a imagem de uma correnteza de rio. O espectador tem a sensação de estar diante de um “rio eletrônico”.
No Brasil, entre os pioneiros da videoarte destacam-se Anna Bella Geiger (1933-), Regina Silveira (1939-) e Gabriel Borba. Entre os artistas de segunda geração sobressaem Rafael França e Diana Domingues.



Imagem fotográfica e história
A manipulação da fotografia, a parcialidade na sua escolha e os múltiplos fatores que influem na percepção que dela se tem jogam por terra o ditado de que a imagem vale mais que mil palavras.
por Boris Kossoy
Qualquer que seja o tema representado numa fotografia é a lembrança que ela traz de uma época desaparecida o aspecto simbólico sempre recorrente. É a fotografia, dentre as demais fontes de informação histórica não convencionais, uma das que têm atraído o interesse de um número maior de pesquisadores; um eficaz instrumento de descoberta e análise dos cenários e fatos do passado.
         
No trabalho histórico a imagem não vale por mil palavras. A gênese e a história dos documentos fotográficos, assim como os fragmentos do mundo visível passado que esses mesmos documentos preservam congelados, requerem, para sua devida compreensão, uma ampla gama de informações advindas de diferentes áreas do conhecimento.
           A fotografia se refere a um micro-aspecto do mundo, a uma determinada realidade que ela registra. No entanto, queremos sempre saber mais a respeito daquilo que se acha gravado na fotografia. Porque temos a consciência que o que vemos se conecta a inúmeros fatos sobre os quais nada sabemos; e que podem contextualizar a imagem: um registro de aparências, composto de múltiplas realidades.
           Quaisquer que sejam os conteúdos das imagens devemos considerá-las sempre como fontes históricas de abrangência multidisciplinar, decisivas para seu emprego nas diferentes vertentes de investigação histórica. As imagens fotográficas, entretanto, são apenas o ponto de partida, a pista para tentarmos desvendar o passado. Elas nos mostram um fragmento selecionado da aparência das coisas, das pessoas, dos fatos, tal como foram esteticamente congelados num dado momento de sua existência/ocorrência.