Arte Digital
A História da imagem na História da Arte
A História da imagem na História da Arte
Pré-
História – +ou-30.000 a.C.
A relação
existente entre o homem, a “imagem” e a sua utilização não é recente, tendo
esta surgido ao mesmo tempo que o homem consciente, ou seja, com a própria
humanidade. É principalmente o sentido da visão em conjunto com os outros
sentidos e a formação das imagens mentais que fornecem ao homem primitivo os
principais meios de percepção do mundo, tanto a nível individual como coletivo.
Não é por acaso que os primeiros registos imagéticos são constituídos por
desenhos gravados nas paredes de cavernas (grutas de Lascaux e Altamira).
Embora tenham surgido mais tarde novas formas de expressão como a escrita, esta
não diminuiu a importância e o papel desempenhado pela “imagem” na formação das
ideias. O próprio ato de recordar algum acontecimento leva-nos a pensar em
imagens representativas desses acontecimentos, mesmo que estas não sejam totalmente
fiéis aos factos em que pensamos.
Estas
ideias ou “imagens mentais” são por vezes reproduzidas em imagens ou
representações concretas, através de desenhos, pinturas, esculturas, gravuras,
fotografias, filmes, etc. que são o resultado de uma síntese, por vezes
complexa da cultura adquirida e de elementos de ordem subjetiva mais profunda
como sensações ou sentimentos de quem produz as imagens.
Durante algum tempo a cultura do
ser humano era formada principalmente pelas “imagens” daquilo que observava no
seu dia a dia e que era armazenado pela sua memória visual. Com o aparecimento
das culturas orais, a linguagem e a música tiveram também a função de perpetuar
o passado e a identidade dos povos.
Pintura rupestre - Lascaux, França
Pintura rupestre - Lascaux, França |
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Egito – +ou- 3.300 a.C.
É talvez a mais
antiga e sem dúvida a mais monumental civilização humana que surgiu às margens
do Nilo, em solo Africano. Realizaram ali obras que impressionam e desafiam o
mundo de hoje, e embora agrupados em regiões distintas; etnias diversas e
grandes diferenças sociais, construiu e manteve características marcantes num
percurso de mais de 5.000 anos.
Foi por volta de
3.600a.C. que houve o “nascimento” da escrita a escrita cuneiforme (representação
de desenhos pictográficos, evoluíram para sinais abstratos, formando a escrita
cuneiforme, usada por séculos, mesmo após o desaparecimento dos sumérios.), que
eram gravadas em plaquetas de barros. Na mesma época surgem os hieróglifos egípcios.
Os
artistas que faziam afrescos, ou esculturas deveriam obedecer alguns cânones.
1)
Lei da Frontalidade para as esculturas e pinturas
2)
Cor escura para homens e clara para mulheres
3)
Personagem mais importante maior
4)
Água representada por linhas irregulares
5)
Artistas eram presos a estas convenções, mas tinham liberdade na composição.
Procurou
nas artes o domínio da técnica.
A
estatuária sempre rígida por causa das leis.
Pinturas
lidas sempre de baixo para cima.
Usavam
tanto a pintura como alto e baixo relevo.
Para
os animais não havia leis.
Pintura
Traço para formar silhuetas, pode-se dizer que assim nasceu o desenho. São bidimensionais, não tem perspectiva; nem claro e escuro, as cores são chapadas, sendo as mais comuns, ocre, negro, vermelho, verdes e azuis.
As composições são bem equilibradas; com linhas puras, harmonia na forma e incomparável encanto nas cores.
Escriba: pessoa importantíssima no Egito, quase do mesmo nível do Faraó, tamanha sua importância por ser a pessoa letrada do reino.
Os que sabiam ler, que eram poucos, podiam ler os hieróglifos e os outros que não podiam, o faziam através das pinturas nas paredes.
Grécia e Roma -
+ou-750 a.C. a 300 a.C.
Arte arcaica – kouros em pedra e pintura de
vasos. Kouros – estátuas em posição frontal, pé esquerdo avançando, punhos
fechados e “sorriso arcaico”.
Arte clássica – auge da arte e arquitetura. Figuras
idealizadas com harmonia.
Helênica/Helenística – derivado do grego, difundiu-se em
outras regiões, como a Ásia Menor. Um estilo mais melodramático.
Pinturas
Os romanos tinham o hábito de pintar
nas paredes, imitando janelas e varandas que reproduziam cenas externas com
paisagens e animais, dando uma idéia de maior tamanho ao ambiente. Reproduziam
também cenas de teatro ou cópias de trabalhos gregos, declarando uma influência
que nunca foi negada ou disfarçada. Entretanto, os romanos diferiam dos gregos
no temperamento básico, muito mais realista. Isso se reflete de forma nítida na
escultura.
Os temas das pinturas se incluem
acontecimentos históricos, mitos, cenas da vida cotidiana, retratos e
natureza-morta, dividido em quatro estilos:
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral, às vezes até fantástico.
Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava impressão de placas de mármore.
Segundo estilo: Os artistas começaram então a pintar painéis que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grande mural.
Terceiro estilo: representações fiéis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes.
Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega, imitando um cenário teatral, às vezes até fantástico.
Renascimento
Dividido
em 3 períodos: Treccento, Quatroccento, Cinqueccento.
Treccento:
século XIV – Florença e Siena. Período de transição da Idade Média
para o Renascimento. Aqui também chamamos de Pré-Renascimento.
Quatroccento:
século XV – Florença. Período de pesquisas, os artistas procuravam
aprimorar a técnica aproximando-se das ciências.
Cinqueccento:
século XVI – Roma. Somente nesse período ocorre o renascimento nos
outros países.
O
Renascimento começa na Itália, porque eles não haviam se adaptado ao gótico, e
foi o mais forte de toda a Europa Ocidental.
No início
do século XV, migraram vários eruditos bizantinos para difundir as obras dos
antigos gregos. O que mais se sobressaiu foi a pintura.
Como o
dinheiro começa a circular, por causa do aumento do comércio, a arte
renascentista é sustentada por esses aristocratas, mecenas e intelectuais, pois
como estão com mais dinheiro, eles começam a encomendar obras de arte para seus
palácios e não mais para a igreja. Começam a ser colecionadas como tesouro
(Quatroccento).
A Arte
passara 14 séculos sob julgo de Deus.
A Europa
ainda estava pobre, porém imensamente mais rica do que cinco séculos antes, com
cidades maiores e mais prósperas, mais intercâmbio e comércio, mais trabalho
artístico erudito, governos novos e mais eficientes e uma nova visão do mundo
exterior.
A Itália
foi o seu verdadeiro centro e coração. Entre 1350 e 1450, muito mais sábios,
artistas, cientistas e poetas viveram nas cidades da Itália do que qualquer
outro país. A Europa inteira ia estudar na Itália, ou seja, aprender a imitar
as coisas belas e inteligentes que podiam ser encontradas ali, os italianos se
reportavam ao passado clássico da Grécia e de Roma.
Renascença
tem suas raízes na redescoberta do passado da Europa que fora obscurecido pela
civilização crista durante a Idade Média. Rafael glorificou os grandes
filósofos em sua pintura “Escola de Atenas”; escritores humanistas imitaram o
estilo do Romano Cícero para escrever em latim elegante.
O nome
veio porque era o “renascimento” da sabedoria clássica.
O que
mais se destacou foi à arte, belas criações que durante séculos moldaram
conceitos de beleza.
Os homens
da renascença admiravam artistas de múltiplos talentos como Michelangelo,
Leonardo d’Vinci.
O fato
mais importante a respeito dos europeus não mudara muito. Em 1500, a
civilização européia ainda possuía um coração religioso, era incrivelmente
revestida de forma religiosa e assim se apresentava ao mundo. Tanto que o
primeiro livro impresso foi a Bíblia em alemão, italiano e francês por volta de
1500 e só em 1526 é que foi impresso em inglês.
Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo
expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas
estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que
o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do
conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
Impressionismo
Esse
movimento que ficou conhecido com o nome de Impressionismo devido à tela
Impression, ”Soleil levant” (Impressão do Sol Nascente), de Claude Monet,
marcou a primeira revolução artística depois do renascimento. Nascido na França
por volta de 1860, na sua forma mais pura só durou até 1886; apesar disso
determinou o curso da arte que se seguiu. Foi o primeiro movimento original da
pintura.
O
Impressionismo se separou radicalmente da tradição, rejeitando a perspectiva, a
composição equilibrada, as figuras idealizadas e o chiaroscuro da
Renascença.
Procuravam
transmitir as IMPRESSÕES imediatas de seus sentidos. Representavam sensações
visuais imediatas através da cor e da luz.
A cor não
é uma característica intrínseca, permanente de um objeto; mas muda
constantemente de acordo com os efeitos da luz, reflexo, clima sobre a
superfície do objeto.
Para
retratar essas qualidades voláteis da luz, eles criaram uma pincelada distinta,
curta, cortada. De perto pareciam borrões, as pinceladas de cores lado a lado,
que alguns críticos chegaram a dizer que eles “disparavam tinta na tela com uma
pistola”. A uma distância era possível compreender o que estava pintado na
tela.
Os
principais artistas deste movimento forma: Claude Monet (1840-1926), Edouard
Manet (1832-1883), Eugène Boudin (1824-1898), Mary Cassatt (1844-1926), Edgar
Degas (1834-1917), Berthe Morisot (1841-1895), Camile Pissarro (1830-1903),
Pierre-August Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-1899).
Edouard
Manet atualizou os temas antigos dos grandes mestres, pintando cenas
contemporâneas com uma visão crítica. Seu quadro “Lê Déjeuner sur l’herbe”,
1826, foi o quadro que deu origem ao movimento Impressionista, ele não foi aceito
no Salão naquele ano, então ele, em conjunto com outros artistas, decidiu criar
o “Salão dos Independentes”, aonde seus quadros foram expostos. Seus quadros
geralmente eram escuros, ele usava o preto como fundo, para depois usar a cor.
Suas formas simplificadas, manchas de cor chapada com contorno em preto. Não
era um grande teórico, mas disse: “o artista procura simplesmente ser ele mesmo
e mais ninguém”.
Edouard Manet -“Lê Déjeuner sur l’herbe”
Claude Monet –
“Impressão Nascer do Sol”
Edweard Muybridge (1830-1904), Animal locomotion: An
electro-photographic investigation of consecutive phases of animal movements,
1872-1885, Philadelphia: University of Pennsylvania
Fauvismo
Explosão
de cor.
Segundo Matisse o fauvismo
não era tudo, mas sim o começo de tudo. Foi um movimento que durou mais ou
menos 4 anos de 1904 a 1908. Contudo, foi o primeiro movimento importante da
vanguarda no século XX.
Em 1905, uma exposição
inaugura o Fauvismo, que mudou para sempre a maneira de ver a arte, antes dele
o céu era azul e a grama era verde, mas nas telas dos fauvistas o céu era
amarelo mostarda, a grama vermelho-tomate e assim por diante. Os artistas
utilizaram as cores com extraordinária liberdade, aplicando tanto nas figuras
como nas paisagens, sem ter em conta as referências reais. A reação do público
foi hostil. O grupo ganhou o nome de um crítico que o chamou de “feras”
(fauve), e outros qualificaram o estilo de “loucura rematada”, “universo de
feiúra”, “tentativas brutas e primitivas de crianças brincando com tintas”.
Visitantes tiveram acessos de risos.
Os
principais artistas desse movimento formam: Henri Matisse (1869-1954), Vlaminck
(1876-1958), André Derain (1880-1954), Raoul Dufy (1877-1953) e Georges Rouault
(1871-1958).
“Dança” – Henri
Matisse
Cubismo
O Cubismo foi um dos
principais pontos de mutação da arte do século XX, durou como forma pura de
1908 a 1914. O estilo recebeu este nome devido ao desdém de Matisse sobre um
trabalho de Braque como nada além de “cubinhos”. Os quatros verdadeiros
cubistas foram: Pablo Picasso (1881-1973), George Braque, Juan Gris (1887-1927)
e Fernand Léger (1881-1955). Eles quebravam os objetos em pedaços, que não eram
propriamente cubos, mas o nome pegou.
Léger
disse “a arte consiste em inventar, e não em copiar”. Ele, a partir de 1909,
adiciona formas curvas ao vocabulário angular cubista. Como suas formas tendiam
a ser tubulares ele ganhou o apelido de “tubista”. Ele é mais conhecido por
suas paisagens urbanas; industriais, cheias de formas metálicas polidas,
robóticas, humanóides, e bem definidas engrenagens mecânicas. Tarsila do Amaral
vai sofrer influência desse artista.
“Guernica” – Pablo
Picasso
Expressionismo
Estilo que retrata as emoções
por meio de distorção de forma e de cor. O uso violento da cor, a distorção
emotiva da forma, a redução da realidade ao mínimo, ressaltava a validade da
expressão pessoal do artista: agressiva, mística, angustiada ou lírica.
Os temas principais eram os
que evocavam fortes emoções como a morte, angústia, tortura, sofrimento,
sátira, crítica social e política. O artista descreve situações e expressa
emoções. Se da mais valor ao sentimento que a razão.
Edward Munch (1863-1944)
foi o maior pintor norueguês e mais importante do movimento expressionista
alemão.
Munch foi sempre um
marginal, pensativo e melancólico; que chamava seus quadros de “filhos” (“Não
tenho mais ninguém”, ele dizia). Sua neurose tem origem numa infância
traumática: a mãe e a irmã mais velha morreram de tuberculose quando era
pequeno e ele foi criado pelo pai, que era um fanático religioso. Mesmo adulto,
tinha tanto medo do pai que exigiu que “Puberdade”, seu primeiro nu,
permanecesse coberto numa exposição em Oslo, a que seu pai compareceu.
Foi internado por
depressão num sanatório, descobriu que seus problemas psicológicos eram
catalisadores de sua arte. Disse: “Eu não dispensaria minha doença, pois a
muito em minha arte que devo a isso”.
Especializou-se em pintar
emoções extremas como ciúmes, desejo sexual e solidão. Seu objetivo era induzir
uma forte reação no espectador.
Sua obra mais famosa “O
Grito”, representa o medo intolerável de perder a razão. Nesse quadro cada
linha oscila, se agita, trazendo ritmos turbulentos, sem sossego para o olho.
Ele escreveu sobre seu quadro: “pairam nuvens vermelhas como sangue, vermelhas
como línguas de fogo”.
Ele
ficava meses sem pintar, mas quando começava, pintava freneticamente. O
cavalete balançava enquanto ele atacava a tela com violentas pinceladas. Depois
de um acesso de pintura, muita bebida e um amor catastrófico. Sofreu então um
colapso nervoso. Mais tarde deixa de lado esses temas atormentados, então sua
obra se torna mais otimista, mas menos emocionante.
"Dispair" —
Edvard Munch
Dadaísmo
Foi
fundado em Zurique, em 1916, por um grupo de refugiados da Primeira Guerra
Mundial. O nome surgiu por acaso, não tinha um significado compatível com a
arte. Ela foi tirada de um dicionário por Tristan Tzara, um dos fundadores.
Dada significa cavalo de madeira para criança, um movimento “anti-arte” que se
desenvolveu entre 1915-1922. Principal centro de atividade foi o Cabaré
Voltaire em Zurique, onde se reuniam poetas, artistas, escritores, músicos que
partilhavam das mesmas idéias (poesia absurda, musica barulhenta e o desenho
automático) foi uma reação ao esnobismo e ao tradicionalismo da arte
estabelecida, sua arte mais conhecida foi o ready-made, um objeto retirado do
seu contexto original e exposto como obra de arte, não foi bem aceito, mas
prepara o terreno para o Surrealismo que foi melhor aceito pelos espectadores.
Em seus sete anos de vida, muitas vezes parecia mesmo sem sentido, mas o
objetivo era o oposto, ela tinha um sentido: protestar contra a loucura da
guerra.
Foi uma atitude internacional
que se expandiu de Zurique para França, Alemanha e estados Unidos. Sua
principal estratégia era denunciar e escandalizar. Uma noite dadaísta contava
com diversos poetas declamando versos nonsense simultaneamente em
línguas diferentes e outros latindo como cães, fazendo performances,
instalações, desenhando, criando seus trabalhos. Oradores lançavam insultos a
platéia, dançarinos com trajes absurdos dançavam pelo palco enquanto uma menina de vestido de primeira comunhão
recitava poemas obscenos.
“ A Fonte” – Marcel
Duchamp
Pop Art
Foi um movimento que se
baseou na necessidade da ruptura em busca de novas formas de expressão; foi ao
mesmo tempo original e critica. Utilizou-se de ícones produzidos pelos meios de
comunicação em massa.
É um nome que se deu a
tendência e as obras de arte em que o objetos de uso comum eram usados para
fazer arte como: latas de refrigerante, cerveja, caixa de sabão em pó, latas de
sopa, sinais de trânsito e tiras de quadrinho; motivos usados com freqüências.
Movimento principalmente
americano e britânico, seu nome foi usado pela primeira vez em 1954, pelo
critico inglês Lawrence Alloway para designar os produtos da cultura popular da
civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos EUA.
Sua raiz, no Dadaísmo de
Marcel Duchamp, começou a tomar forma na década de 50, quando alguns artistas
após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda nos EUA e passaram a
transformar em temas da sua obra.
Representavam esses
componentes mais ostensivos da cultura popular de forte influencia na vida
cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa em
oposição ao expressionismo abstrato que estava presente desde o fim da Segunda
Guerra Mundial.
Seus ícones eram tirados
da TV, fotografias, HQ, cinema e publicidade. Foi tachada muitas vezes de
VULGAR, ANTIESTÉTICA e IRREVERENTE. Seu forte impacto visual, aliados ao
conteúdo crítico; juntaram, arrecadaram muitos admiradores.
Em 1956,
o artista inglês Richard Hamilton, expôs suas “Composições”, caprichosas
coleções de objetos de uso na sociedade de consumo. Mas foi nos EUA que ela
teve forca total, principalmente com Robert Rauschemberg, Roy Lichtenstein e
Andy Warhol. Em seus “combine-paintings” (pinturas combinadas), R. Rauschemberg
utilizou a pintura para ressaltar figuras, ícones, fotos jornalísticas,
recortes de jornais, etc; reproduzida na tela por um processo mecânico, como a
serigrafia.
Andy Warhol - Marilyn
Andy Warhol - Marilyn
Op Art
Movimento da arte abstrata
desenvolvida nos anos 60. A Op Art (Optical Art) explora a falibilidade da
visão humana. O artista joga com o espectador, através da criação de imagens
que apresentam brilhar e pulsar. Apesar da arte em si ser estática, as formas e
cores utilizadas causam a ilusão de óptica de movimento.
Bridget Riley, curvas em
vermelho, azul-turquesa e cinzento fazem ondas pela tela, numa seqüência
uniforme, dando a ilusão de movimento. A tela parece distorcida pela imagem
quase alucinatória que as suas cores parecem fazer vibrar, com uma intensidade
deslumbrante. Esta técnica de analisar e explorar a falibilidade da visão,
provoca uma poderosa sensação no olhar do espectador. É notória a ligação do
quadro com o movimento. Op Art, pela interação de cores e de linhas que
produzem uma ilusão óptica atordoante e tremeluzente. No entanto, os objetivos de Riley vão alem
dos meramente científicos. Ela vê os elementos que usa como sendo muito mais
uma parte da natureza, sejam arvore, nuvens ou colinas. Seus quadros vibram com
um lirismo mágico. Seus primeiros quadros, no início dos anos 60, eram quase
exclusivamente em preto e branco. No decorrer dos anos, a sua obra foi se
desenvolvendo com mais dramatismo e, acaba inclinando-se para a pintura de linhas
retas paralelas com cores vibrantes.
Victor Vassarely, formas
geométricas lilases, azuis e verdes, arranjadas num padrão semelhante a uma
tabua de xadrez, aparentam flutuar e desfigurar a tela. Através da utilização
de sistemas opostos de perspectiva e de cores violentamente contrastantes,
Vassarely criou, e forma deliberada, uma ilusão óptica, dando ao quadro a idéia
de movimento. As formas parecem deslocar-se perante os olhos. Foi um dos pioneiros da arte óptica, conhecida pela alcunha de Op Art, desenvolvida nos anos 60, juntamente com a Pop. Ela baseia-se na idéia de que o artista, pintor ou escultor, podem persuadir o espectador a ver ilusões visuais através da criação de efeitos ópticos. Vassarely ficou fascinado pelo conceito da percepção e como as imagens reais e ambíguas podem ser criadas utilizando princípios geométricos exatos. De origem húngara, foi para paris em 1930. A sua obra constituída por pintura, escultura, gravura e desenho, é sempre de natureza abstrata e conta com a manipulação de sensações visuais para produzir o efeito desejado
Bridget Rilley
Victor Vassarely
Arte Digital
Imagem da primeira
fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
•
Fotografia
como arte
O
homem sempre tentou reter e fixar movimentos do mundo, começando com desenhos
na caverna, passando pela pintura em tela e escultura, e, por fim, chegando a
fotografia. Esse é um meio de comunicação de massa, sendo muito popular em
nossos dias e nascido na Revolução Industrial.
De
acordo com Barthes (1984, p. 21), muitos não a consideram arte, por ser
facilmente produzida e reproduzida, mas a sua verdadeira alma está em
interpretar a realidade, não apenas copiá-la. Nela há uma série de símbolos
organizados pelo artista e o receptor os interpreta e os completa com mais
símbolos de seu repertório.
Fazer
fotografia não é apenas apertar o disparador. Tem de haver sensibilidade,
registrando um momento único, singular. O fotógrafo recria o mundo externo
através da realidade estética.
Em
um mundo dominado pela comunicação visual, a fotografia só vem para
acrescentar, pode ser ou não arte, tudo depende do contexto, do momento, dos
ícones envolvidos na imagem. Cabe ao observador interpretar a imagem,
acrescentar a ela seu repertório e sentimento.
«Fotografar
é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.»
(Henri
Cartier-Bresson)
Man
Ray, pseudónimo de
Emmanuel Rudnitzky, surge da adopção das palavras homem (man)
e raio (ray).
Foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, com profundas ligações aos movimentos dada e surrealista. Conjuga uma grande capacidade plástica aliada a um enorme rigor técnico. Entre outras temáticas, fotografou com especial interesse a natureza e o meio urbano, com destaque para a sua cidade de eleição, Paris.
Com uma notável capacidade de observação e composição, desenvolveu um grande trabalho de laboratório, aprofundando e desenvolvendo técnicas fotográficas como a solarização/efeito Sabatier, os fotogramas, a exposição múltipla e diversas técnicas originais de sensibilização e impressão fotográficas. Man Ray representou a figura do artista multifacetado e vanguardista contrariando as tendências puristas da época.
Foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, com profundas ligações aos movimentos dada e surrealista. Conjuga uma grande capacidade plástica aliada a um enorme rigor técnico. Entre outras temáticas, fotografou com especial interesse a natureza e o meio urbano, com destaque para a sua cidade de eleição, Paris.
Com uma notável capacidade de observação e composição, desenvolveu um grande trabalho de laboratório, aprofundando e desenvolvendo técnicas fotográficas como a solarização/efeito Sabatier, os fotogramas, a exposição múltipla e diversas técnicas originais de sensibilização e impressão fotográficas. Man Ray representou a figura do artista multifacetado e vanguardista contrariando as tendências puristas da época.
Marc Ferrez
Vendedor Ambulante,
c.1895.
Iemanjá na Bahia
Alfred Stieglitz
Auto retrato, 1907
Moça com Leica, 1934.
Fotografia
Robert Mapplethorpe
Arte Digital
A primeira imagem digital (1957), que abriu caminho para as imagens de
satélites, scanner e código de barras.
A imagem granulada de um bebê, de apenas 5 centímetros por 5 centímetros, foi feita por Russell Kirsch, no National Bureau of Standards (NBS, agora conhecido por National Institute of Standards and Technology, ou NIST).
A imagem granulada de um bebê, de apenas 5 centímetros por 5 centímetros, foi feita por Russell Kirsch, no National Bureau of Standards (NBS, agora conhecido por National Institute of Standards and Technology, ou NIST).
Em 2003, a revista Life classificou esta imagem como uma das “100
fotografias que mudaram o mundo.”
A primeira imagem digital, que abriu caminho para as imagens de
satélites, scanners, código de barras. A imagem granulada de um bebê, de apenas
5 centímetros por 5 centímetros, foi feita por Russell Kirsch, no National
Bureau of Standards (NBS, agora conhecido por National Institute of Standards
and Technology, ou NIST). Em 2003, a revista Life classificou esta imagem como
uma das “100 fotografias que mudaram o mundo.”
Nam June Paik
(1932-2006)
Regina Silveira
Super Herói Night and
Day, 1997, projeção a laser, Av.Paulista, São Paulo, Brasil.
Bill Viola, a primeira individual do artista na
Polonia! "The Raft”mostra a força catastrófica da água em uma inundação.
Catherine`s room é um trabalho de Bill Viola,
em video, em cinco partes representando um dia, um ano e toda a vida de uma
mulher chamada Catarina. Inspira-se num retábulo, em cinco partes, com as cenas
da vida de Santa Catarina de Siena.
Vik Muniz
Vik Muniz, Saturn devouring one of his Sons, after Francisco de Goya
& Lucientes, from Pictures of Junk Series.
Ana Maria Maiolino
Série Fotopoemação,
1974
fotografia,
45 x 50 cm
fotografia,
45 x 50 cm
Cindy Sherman
Gary Hill
Vídeo Arte
Produção
artística que utiliza monitores de vídeo para exibir imagens, às vezes
associadas a textos. Surge nos anos 50 na Alemanha e ganha força
internacionalmente nos anos 90, com a aproximação da arte à tecnologia e aos
meios de comunicação de massa.
Existem dois tipos
de videoarte. No primeiro, as imagens são assistidas em vídeo pelos
espectadores. Podem ter caráter abstrato, como resultado da distorção de
imagens eletrônicas ou mostrar seqüências que visam expor idéias e percepções
da realidade. O segundo, hoje mais freqüente, utiliza monitores de vídeo como
elementos de instalações (tipo de obra que constitui um ambiente artístico onde
se misturam vários objetos). Nos monitores vêem-se imagens criadas pelos
artistas ou extraídas de outros veículos. Em geral, o espectador pode interagir
com a obra, aumentando o som, acelerando ou retrocedendo imagens. Se o monitor
é de computador pode -se escolher o que ver acionando o teclado.
Os pioneiros da videoarte são o coreano Nam June Paik e o alemão Wolf Vostell, ligados ao grupo internacional Flexus. Na Alemanha, nos anos 60, realizam instalações, performances e happenings a partir da manipulação de imagens da televisão.
Em 1975, na 13ª Bienal Internacional de São Paulo, Paik apresenta a instalação TV Garden, composta por aparelhos de TV transmitindo imagens variadas, colocados no chão junto com flores. Destacam-se como videoartistas os norte-americanos Bill Viola (1951-), Bruce Nauman e Fred Forrest e o italiano Fabrizio Plessi. Na Bienal de 1994, em São Paulo, Plessi apresenta uma videoinstalação com monitores dispostos em círculo, exibindo a imagem de uma correnteza de rio. O espectador tem a sensação de estar diante de um “rio eletrônico”.
No Brasil, entre os pioneiros da videoarte destacam-se Anna Bella Geiger (1933-), Regina Silveira (1939-) e Gabriel Borba. Entre os artistas de segunda geração sobressaem Rafael França e Diana Domingues.
Os pioneiros da videoarte são o coreano Nam June Paik e o alemão Wolf Vostell, ligados ao grupo internacional Flexus. Na Alemanha, nos anos 60, realizam instalações, performances e happenings a partir da manipulação de imagens da televisão.
Em 1975, na 13ª Bienal Internacional de São Paulo, Paik apresenta a instalação TV Garden, composta por aparelhos de TV transmitindo imagens variadas, colocados no chão junto com flores. Destacam-se como videoartistas os norte-americanos Bill Viola (1951-), Bruce Nauman e Fred Forrest e o italiano Fabrizio Plessi. Na Bienal de 1994, em São Paulo, Plessi apresenta uma videoinstalação com monitores dispostos em círculo, exibindo a imagem de uma correnteza de rio. O espectador tem a sensação de estar diante de um “rio eletrônico”.
No Brasil, entre os pioneiros da videoarte destacam-se Anna Bella Geiger (1933-), Regina Silveira (1939-) e Gabriel Borba. Entre os artistas de segunda geração sobressaem Rafael França e Diana Domingues.
Imagem fotográfica e história
|
A manipulação da fotografia, a parcialidade na
sua escolha e os múltiplos fatores que influem na percepção que dela se tem
jogam por terra o ditado de que a imagem vale mais que mil palavras.
|
por Boris Kossoy
|
Qualquer que seja o tema representado numa fotografia é a lembrança
que ela traz de uma época desaparecida o aspecto simbólico sempre recorrente.
É a fotografia, dentre as demais fontes de informação histórica não
convencionais, uma das que têm atraído o interesse de um número maior de
pesquisadores; um eficaz instrumento de descoberta e análise dos cenários e
fatos do passado.
No trabalho histórico a imagem não vale por mil palavras. A gênese e a
história dos documentos fotográficos, assim como os fragmentos do mundo
visível passado que esses mesmos documentos preservam congelados, requerem,
para sua devida compreensão, uma ampla gama de informações advindas de diferentes
áreas do conhecimento.
A fotografia se refere a um micro-aspecto do mundo, a uma determinada realidade que ela registra. No entanto, queremos sempre saber mais a respeito daquilo que se acha gravado na fotografia. Porque temos a consciência que o que vemos se conecta a inúmeros fatos sobre os quais nada sabemos; e que podem contextualizar a imagem: um registro de aparências, composto de múltiplas realidades. Quaisquer que sejam os conteúdos das imagens devemos considerá-las sempre como fontes históricas de abrangência multidisciplinar, decisivas para seu emprego nas diferentes vertentes de investigação histórica. As imagens fotográficas, entretanto, são apenas o ponto de partida, a pista para tentarmos desvendar o passado. Elas nos mostram um fragmento selecionado da aparência das coisas, das pessoas, dos fatos, tal como foram esteticamente congelados num dado momento de sua existência/ocorrência. |
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